Nos últimos anos, o uso de dispositivos eletrônicos como smartphones, tablets e computadores se tornou uma parte indispensável da vida cotidiana. Apesar dos benefícios da tecnologia, como o acesso instantâneo à informação e a conexão com pessoas ao redor do mundo, por outro lado, a exposição prolongada às telas pode trazer sérias consequências para a saúde mental e o bem-estar, especialmente entre crianças e adolescentes.
Os Riscos da Exposição Excessiva às Telas
Pesquisas científicas indicam que o uso excessivo de telas pode impactar negativamente várias áreas do desenvolvimento e da saúde mental, por exemplo:
Problemas de Sono
Estudos mostram que dispositivos eletrônicos emitem luz azul, que interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono. Além disso, isso resulta em dificuldades para adormecer, sono de baixa qualidade e, consequentemente, fadiga diurna.
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Aumento da Ansiedade e Depressão
Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) revelou que adolescentes que passam mais tempo em redes sociais têm maiores chances de desenvolver sintomas de ansiedade e depressão, devido à comparação social constante e ao medo de estar perdendo algo (FOMO, do inglês “fear of missing out”).
Redução da Concentração
A exposição a conteúdos rápidos e fragmentados prejudica a capacidade de manter a atenção por períodos prolongados, comprometendo o desempenho acadêmico e as habilidades de resolução de problemas.
Impactos no Desenvolvimento Cognitivo
Para crianças pequenas, o excesso de tempo de tela pode prejudicar o desenvolvimento da linguagem e de habilidades sociais, pois limita as interações face a face com outras pessoas.
Sedentarismo
O uso excessivo de dispositivos contribui diretamente para o aumento do sedentarismo, favorecendo o ganho de peso e o risco de doenças crônicas como diabetes e hipertensão.
Soluções Realistas para Reduzir os Riscos

Embora não seja realista eliminar completamente o uso de telas, no entanto, há maneiras eficazes de minimizar os riscos associados:
- Estabeleça Limites de Tempo:
- Use ferramentas como aplicativos de controle de tempo para monitorar e limitar o uso de telas.
- A Associação Americana de Pediatria recomenda que crianças entre 2 e 5 anos usem telas por no máximo 1 hora por dia, sempre com supervisão de um adulto.
- Crie “Zonas Livres de Telas”:
- Defina horários específicos em que os dispositivos não devem ser utilizados, como durante as refeições e na hora de dormir.
- Estabeleça espaços na casa onde o uso de telas não é permitido, como quartos.
- Incentive Atividades Offline:
- Promova brincadeiras ao ar livre, leituras de livros físicos e atividades artísticas ou esportivas que não envolvam telas.
- Ofereça oportunidades para que crianças e adolescentes participem de eventos comunitários ou voluntariado, promovendo conexões significativas.
- Dê o Exemplo:
- O comportamento dos pais tem um impacto direto sobre os filhos. Reduza o seu próprio tempo de tela para servir como modelo positivo.
- Compartilhe experiências offline, como jogos em família ou passeios.
- Promova a Educação Digital:
- Ensine crianças e adolescentes a usarem a tecnologia de forma responsável, incluindo a escolha de conteúdo de qualidade e a criação de pausas regulares.
- Discuta sobre os perigos de informações falsas e a importância de verificar fontes.
- Invista em Boas Práticas para o Sono:
- Evite telas pelo menos uma hora antes de dormir e utilize filtros de luz azul para minimizar os efeitos negativos.
- Crie uma rotina relaxante para a hora de dormir, como leitura ou meditação.
- Integre a Tecnologia de Forma Saudável:
- Utilize aplicativos e plataformas que promovam o aprendizado ou atividades físicas, como jogos educativos e aulas de yoga online.
- Priorize interações sociais significativas por meio da tecnologia, como chamadas de vídeo com familiares distantes.
A exposição constante às telas apresenta uma questão complexa, que, em resumo, exige um equilíbrio entre os benefícios e os riscos. Com medidas práticas e consciente, é possível minimizar os impactos negativos e promover um uso mais saudável da tecnologia, especialmente entre os mais jovens. Encorajar um estilo de vida equilibrado, que inclua momentos offline e interações pessoais, é essencial para um bem-estar integral.
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