Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado um crescimento expressivo no número de cursos de pós-graduação lato sensu (PGLS) na área médica. Dados preliminares da pesquisa “Demografia Médica no Brasil 2025“, conduzida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), apontam que existem atualmente 2.148 cursos cadastrados no país. Desse total, 41,2% são oferecidos integralmente a distância (EAD), 11,1% de forma semipresencial e o restante presencial.
Duração e Localização
Os cursos EAD têm duração média de 9,7 meses, enquanto os presenciais se estendem por aproximadamente 15,4 meses. A concentração desses cursos é maior na região Sudeste, especialmente no estado de São Paulo, e a maioria é oferecida por instituições privadas.
Especialistas expressam preocupação em relação à qualidade da formação oferecida por esses cursos, particularmente os realizados totalmente a distância. No Brasil, o título de especialista é concedido exclusivamente a médicos que completaram Residência Médica credenciada ou que foram titulados por sociedades de especialidades filiadas à AMB. Apesar disso, muitos cursos de PGLS utilizam nomenclaturas semelhantes às das especialidades reconhecidas, o que pode causar confusão entre profissionais e pacientes.

Propostas para Melhorias
A FMUSP e a AMB defendem uma regulamentação mais rigorosa desses cursos, além da ampliação das vagas de Residência Médica. Essas medidas visam assegurar que a formação médica atenda às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e da população brasileira.
Esse cenário destaca a importância de supervisionar cuidadosamente a formação médica no país, garantindo que os profissionais estejam adequadamente preparados para oferecer um atendimento de qualidade. É essencial que a população e os órgãos reguladores estejam atentos a essas questões, promovendo uma medicina mais segura e eficiente para todos.
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