O câncer é a segunda principal causa de morte global, responsável por 10 milhões de mortes por ano (OMS, 2024). No Brasil, estima-se 704 mil novos casos anuais para 2025, segundo o INCA. Essa doença, marcada pelo crescimento descontrolado de células, exige prevenção, diagnóstico precoce e tratamentos inovadores. Neste artigo, explicamos como o câncer surge, seus tipos mais comuns, sintomas de alerta e os avanços revolucionários da medicina, além de dicas práticas para reduzir seu risco.
O Que é o Câncer?
O câncer é uma condição biológica complexa que engloba mais de 100 tipos de doenças diferentes, todas caracterizadas pelo crescimento desordenado e anormal de células. Normalmente, as células no corpo seguem um ciclo de crescimento, divisão e morte programada (apoptose), um processo rigorosamente regulado pelo organismo. No entanto, quando ocorrem mutações no DNA das células, essas podem perder a capacidade de controlar sua divisão e começar a se multiplicar de maneira descontrolada. Isso pode resultar na formação de tumores, que podem ser benignos (não cancerosos) ou malignos (cancerosos).
As pessoas podem herdar o câncer de familiares ou adquiri-lo ao longo da vida devido a fatores ambientais, como exposição a substâncias químicas, radiação e infecções virais. Além disso, ele pode se espalhar para outras partes do corpo através do sangue e do sistema linfático, um processo conhecido como metástase, o que torna o tratamento mais desafiador.
Como o Câncer se Desenvolve?

O desenvolvimento do câncer é um processo complexo que pode ser desencadeado por fatores genéticos, ambientais ou comportamentais. Entre as principais causas, estão:
- Fatores Genéticos: Mutações herdadas ou adquiridas no DNA podem ativar oncogenes (genes que promovem o crescimento tumoral) ou inativar genes supressores de tumores.
- Exposição a Carcinógenos: Substâncias como tabaco, radiação ultravioleta e certos produtos químicos podem danificar o DNA.
- Estilo de Vida: Dieta pouco saudável, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e obesidade são fatores de risco conhecidos.
- Infecções: Certos vírus e bactérias, como o HPV e o Helicobacter pylori, estão associados ao desenvolvimento de tipos específicos de câncer.
Tumores Benignos vs. Malignos
Característica | Tumores Benignos | Tumores Malignos |
---|---|---|
Crescimento | Localizado, lento. | Invasivo, rápido. |
Metástase | Não ocorre. | Espalha-se para outros órgãos. |
Tratamento | Remoção cirúrgica simples. | Requer quimio, radio ou imunoterapia. |
Tipos de Câncer
O câncer pode ser classificado de acordo com o tipo de tecido afetado ou a localização do tumor. Alguns dos tipos mais comuns incluem:
- Carcinomas: Tumores que se originam em tecidos epiteliais, como pele, pulmão e mama.
- Sarcomas: Afetam tecidos conjuntivos, como ossos, músculos e cartilagens.
- Leucemias: Afetam o sangue e a medula óssea.
- Linfomas: Originam-se nos linfonodos e no sistema linfático.
- Melanomas: Começam nas células produtoras de melanina, geralmente na pele.
Sintomas Comuns
Sintoma | Possíveis Câncer Associados | Ação Recomendada |
---|---|---|
Perda de peso inexplicada | Pâncreas, estômago, pulmão. | Exame de sangue e imagem. |
Sangue nas fezes | Colorretal, estômago. | Colonoscopia. |
Nódulo na mama | Câncer de mama. | Mamografia e ultrassom. |
Rouquidão persistente | Laringe, tireoide. | Laringoscopia. |
Tosse com sangue | Pulmão, leucemia. | Tomografia de tórax. |
Importante: Sintomas como fadiga extrema ou dor persistente por mais de 4 semanas exigem investigação.
Diagnóstico do Câncer

O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido. Os métodos mais comuns incluem:
- Exames de imagem: Raios-X, tomografia computadorizada e ressonância magnética ajudam a localizar tumores.
- Bíopsia: Consiste na coleta de uma amostra de tecido para análise microscópica.
- Exames de sangue: Detecção de marcadores tumorais.
Novas Tecnologias no Tratamento do Câncer
As pesquisas sobre o câncer tem avançado significativamente, levando ao desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas terapeuticas, que buscam melhorar a experiência de tratamento do paciente:
1. Terapias Alvo
Diferente da quimioterapia tradicional, que ataca células saudáveis e cancerígenas, as terapias alvo agem especificamente em moleculas envolvidas no crescimento tumoral. Exemplos incluem inibidores de tirosina quinase, usados no tratamento de cânceres como leucemia mieloide crônica.
2. Imunoterapia
A imunoterapia estimula o sistema imunológico do próprio paciente a reconhecer e destruir células cancerígenas. Medicamentos como os inibidores de checkpoint imunológico, incluindo pembrolizumabe, têm revolucionado o tratamento de vários tipos de câncer.
3. Terapia Gênica
Tecnologias como a CRISPR-Cas9 permitem editar genes para corrigir mutações associadas ao câncer ou tornar células imunes mais eficazes.
4. Terapias Baseadas em RNA
Inspiradas nas vacinas de mRNA contra a COVID-19, essas terapias estão sendo adaptadas para tratar tumores, promovendo uma resposta imunológica personalizada.
5. Medicina Personalizada
Com base no perfil genômico do paciente, é possível desenvolver tratamentos sob medida, aumentando a eficácia e reduzindo os efeitos colaterais.
Prevenção da Doença
Embora nem todos os casos possam ser evitados, muitas medidas preventivas podem reduzir o risco da pessoa contrair o câncer, tais elas são:
- Evitar o uso de tabaco;
- Manter uma dieta balanceada rica em frutas, vegetais e grãos integrais;
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Limitar o consumo de álcool;
- Realizar exames de rotina;
- Vacinar-se contra vírus como o HPV e a hepatite B;
Perguntas Frequentes
1. Câncer tem cura?
Sim! Taxas de cura chegam a 90% para câncer de mama e próstata diagnosticados precocemente.
2. Quimioterapia caiu o cabelo todo?
Depende do tipo. Protocolos modernos (ex.: terapias alvo) reduzem efeitos colaterais.
3. O SUS oferece tratamentos contra o câncer?
Sim! O SUS disponibiliza imunoterapia, terapia alvo e cirurgias robóticas em centros especializados.
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